domingo, 29 de novembro de 2009

Aécio mira nos aliados de Lula

O governador Aécio Neves (PSDB) afirmou na quinta-feira que seu partido precisa se preocupar em atrair novos aliados para construir uma base de sustentação de governo, caso chegue novamente ao Palácio do Planalto em 2011.

O tucano defendeu uma nova convergência, que inclua no leque de aliança legendas que hoje estão na base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para ampliar a coligação, que hoje só tem garantidos o DEM e o PPS, ele voltou a pedir agilidade na definição do nome que disputará as eleições do ano que vem.

Aécio disse estar sereno quanto à disputa interna com o governador de São Paulo, José Serra, pela vaga de candidato tucano em 2010, mas afirmou ser preciso aliar as preocupações pré-eleitorais com a do momento pós-eleições.

“Preocupo-me desde já – e talvez seja uma característica da minha natureza política – não apenas com número de pesquisas, mas com a construção da base de sustentação daquele que será o futuro governo. Senão, corremos o risco realmente de ter dificuldades extremadas no momento que vencermos as eleições”, afirmou Aécio, que na quinta-feira se reuniu no Palácio da Liberdade com o senador Marco Maciel.

Sucessão

O vice-governador, Antonio Augusto Anastasia, será o candidato do PSDB ao Palácio da Liberdade. O nome foi confirmado pela primeira vez pelo deputado federal Nárcio Rodrigues, que assume a direção do partido com a missão de conduzir a campanha dos tucanos em 2010.

A articulação com parlamentares para aumentar o nível de conhecimento do pré-candidato no interior começa em janeiro. “O PSDB já discutiu as alternativas e a nossa candidatura é do Antonio Anastasia. Caberá ao partido construir uma aliança para que possamos repetir nas eleições do ano que vem o que tivemos na eleição e na reeleição do governador Aécio”, disse.

Retirado de Vote Brasil.

Serra é saudado no Ceará como futuro presidente

CANINDÉ - O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), foi saudado como futuro presidente do Brasil pelo mestre de cerimônia do seminário "Ceará em Debate", promovido pelos tucanos cearenses, hoje à noite, em Canindé, no sertão central do Ceará. Ganhou inclusive um jingle feito por um repentista cujo refrão dizia "José Serra para presidente e Tasso para senador".

Mesmo ainda não se assumindo como candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Serra cumpriu agenda como tal. Conduzido pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), ele visitou a Basílica de São Francisco, conheceu a sala de milagres, posou para fotos e beijou criancinhas.

Ele até amarrou no pulso esquerdo uma fitinha verde de devoção a São Francisco, com direito a três pedidos ao santo. O que ele pediu? "Não posso dizer, senão não se realizam", respondeu.

Aos jornalistas, Serra disse ter como projeto de desenvolvimento para o Nordeste, caso um dia chegue à Presidência da República, um planejamento que teria de passar por mais infraestrutura, mais educação técnica e expansão da saúde.

"Mas eu não vim aqui como candidato para apresentar programa. Estou concentrado no meu trabalho como governador", desconversou em seguida.

Também presente ao evento, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, não escondeu o jogo. Disse claramente que Serra está se consolidando como candidato. "Hoje o candidato mais forte da oposição é Serra", foi taxativo.

De acordo com ele, as pesquisas mostram que Aécio só ganha da pré-candidata do PV, Marina Silva. "E eu tenho que levar em consideração alguns dados positivos", justificou sua posição. Ainda segundo Freire, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), será vice de Serra e o mineiro só tem dito que não será vice de ninguém porque ainda alimenta o desejo de vir a ser o candidato a presidente.

Voltando a criticar a suposta antecipação da campanha por parte do presidente Lula, Serra disse que há muito tempo para o PSDB definir seu candidato. "A eleição é só em outubro do ano que vem. No devido tempo e a tempo as coisas vão se definir", ponderou.

O senador Tasso Jereissati emendou: "Falei para o governador José Serra que sobre essa questão (assumir ou não a candidatura a presidente), não haveria inspiração melhor que São Francisco do Canindé". Serra aproveitou a deixa para falar de sua devoção. "Se eu fosse sacerdote, seria franciscano.

É uma ordem pela qual tenho uma admiração e uma proximidade muito grande", disse o governador paulista.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), falou para duas mil pessoas vindas de municípios vizinhos a Canindé, no sertão central cearense. A cidade é um conhecido ponto de romaria a São Francisco, padroeiro local e santo da devoção do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). E Serra fez questão de demonstrar seu conhecimento sobre a cidade: "Aqui é o segundo centro de romaria de São Francisco do mundo. Só perde para Assis", disse.

Retirado de Vote Brasil.

PV descarta Heloísa Helena como vice de Marina

O presidente nacional do PV, vereador José Luiz Penna (SP), voltou a negar nesta sexta-feira a existência de tratativas em torno do lançamento do nome da ex-senadora Heloisa Helena (PSOL-AP) como candidata a vice-presidente em uma eventual chapa encabeçada pela senadora Marina Silva (PV-AC).

O vereador enfatizou que o assunto não foi "nem mencionado" nos diálogos entre lideranças do PV e PSOL e voltou a defender a candidatura de um empresário para a vaga. "O nome da Heloisa como vice nem mencionado foi nos diálogos entre o PV e o PSOL. Nós acreditamos na hipótese de um empresário", reafirmou Penna.

O presidente da legenda teme que a indicação para a vaga de um candidato que tenha propostas políticas e um histórico semelhantes aos de Marina transforme o eventual palanque da senadora em "monotemático". "Há o risco de uma candidatura nessa direção virar uma armadilha. Pode virar uma candidatura monotemática, apenas em defesa da sustentabilidade", afirmou o vereador.

"Pensamos na hipótese de empresários. É um antídoto contra uma armadilha", acrescentou. Assim como a senadora do PV, Heloísa foi filiada ao PT e compartilha com Marina propostas muito semelhantes no âmbito social.

Ainda de acordo com Penna, o partido já sonda alguns nomes de empresários que poderiam ocupar o cargo de vice em uma eventual chapa com a senadora rumo às eleições de 2010.

Os principais nomes, de acordo com o presidente do PV, são o empresário Guilherme Leal, um dos controladores da Natura, o executivo Roberto Klabin, diretor da Klabin e presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, e o empresário Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos. Os três se filiaram à legenda em outubro e não refutam a possibilidade de disputar a vaga.

Nos bastidores, lideranças do PV apostam as fichas no nome de Guilherme Leal, executivo respeitado no mercado, amigo de Marina Silva e com trânsito livre entre os principais empresários do país.

De acordo com correligionários de Penna, a estratégia do partido é a mesma adotada pelo PT em 2002, que, para arrefecer as críticas contra o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, escolheu o empresário José Alencar como vice da chapa petista. "É a mesma coisa que fez o PT. É uma escolha para acalmar o mercado e angariar o apoio de empresários", confidenciou uma liderança verde.

Retirado de Vote Brasil.

Serra recebe elogios de Tasso Jereissati

O governador de São Paulo e provável candidato à Presidência José Serra (PSDB), afirmou, na manhã desta sexta-feira, 27, em Fortaleza, que não acredita que tenha caído nas pesquisas eleitorais como os institutos vêm divulgando. Ao longo de um ano, o tucano perdeu 15 pontos percentuais, enquanto Dilma Rousseff, a presidenciável do presidente Lula, subiu 11 pontos percentuais.

Serra disse que pesquisas não refletem muitas vezes a realidade e acabou criticando o Governo Federal por ter, segundo disse, antecipado a campanha eleitoral, “o que é muito ruim”.

O candidato fez as declarações após ministrar palestra sobre Conjuntura Econômica e Política Nacional e Internacional no auditório da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec-CE).

Nesta sexta-feira, 27, Serra também visita o município de Canindé, no Sertão Central, onde participará do seminário Ceará em Debate.

Tasso elogia Serra

O senador tucano Tasso Jereissati aproveitou para destacar a importância de Serra para o Ceará. Lembrou que ele contribuiu para que o Estado conquistasse importantes projetos estruturantes como o Porto do Pecém, o Castanhão e o Aeroporto Internacional Pinto Martins.

O tucano fez questão de destacar que Serra "muito ajudou o Ceará" quando foi ministro do Planejamento na Era FHC, no período de 1995 a 1996.

“No Governo Lula, só se fala em PAC, mas ninguém vê o PAC”, alfinetou Jereissati, que recebeu Serra para almoço em sua casa. }

Retirado do site do jornal O Povo

Serra visita terra de "rival"

Retirado da FolhaOnline

Nome mais cotado do PSDB para disputar a Presidência em 2010, o governador de São Paulo, José Serra, chega hoje no Ceará para eventos na capital e no interior. Serra estará na base política do rival Ciro Gomes (PSB) não para tratar de qualquer questão de interesse do Estado que governa, mas para uma palestra a empresários, entrevistas a emissoras de televisão e um encontro do tucanato local no sertão cearense.

O Nordeste, região de maior aprovação a Lula no país, tem sido destino freqüente dos pré-candidatos a presidente, e Serra tem intensificado essa presença nos últimos meses, ainda que resista em dizer que esteja em campanha. Em outubro, por exemplo, esteve no interior de Pernambuco para conhecer obras mal-sucedidas do governo federal.

Antes de chegar ao Ceará, Serra concedeu uma entrevista a uma rádio nesta semana, por telefone, em que prometeu manter o Bolsa Família e todos os programas positivos do governo Lula, caso seja eleito presidente.

O Ceará tem um elemento desafiador a Serra: a influência eleitoral e a grande popularidade de Ciro e Lula. Em 2002, quando foi candidato ao Planalto e chegou ao segundo turno, Serra conseguiu apenas a terceira votação no Estado, com 8,5% dos votos válidos. O mais votado no primeiro turno daquela eleição foi Ciro, com 44,4% da preferência dos cearenses. No segundo turno, quando Lula teve o apoio de Ciro, o petista alcançou 71,7% da votação do Ceará, contra 28,2% do tucano.

Apesar de insistir em dizer que só deve decidir sobre a candidatura em março do ano que vem, Serra se movimenta na região numa tentativa de conquistar visibilidade e tentar barrar a queda que vem sofrendo nas pesquisas de intenção de voto, que diminuem gradualmente a vantagem que tinha para seus oponentes.

Ciro também dá palestra
Assim como em outubro, quando a visita de Serra a Pernambuco antecedeu em poucos dias uma viagem presidencial à região - para checar obras da transposição do rio São Francisco -, com a presença certa da ministra Dilma Rousseff (PT), pré-candidata à sucessão de Lula, a passagem do tucano hoje pelo Ceará coincide com outra visita pré-agendada da petista. Ela é esperada em Fortaleza na próxima segunda-feira, para a reunião de abertura da Frente Nacional dos Prefeitos, além de receber o título de cidadã fortalezense, aprovado na Câmara Municipal da cidade - a visita ainda não foi confirmada.

Enquanto Serra falar com os empresários, outro possível presidenciável, Ciro - que pode também ser candidato ao governo de São Paulo, reduto de Serra, já que transferiu o título de eleitor para a capital paulista -, também fará uma palestra no Fórum dos Juizados Especiais sobre a "conjuntura político-econômica brasileira". O teor da fala do tucano é semelhante à do desafeto, sobre "cenários brasileiros".

A viagem também servirá para tentar quebrar barreiras dentro do próprio partido, afinal, o paulista não conta com a preferência do maior líder do PSDB no Ceará, Tasso Jereissati, que abertamente defende a candidatura ao Planalto do governador de Minas Gerais, Aécio Neves.

Em 2002, Serra também não contou com esse apoio - Tasso, então, apoiou indiretamente o amigo Ciro, que nasceu em Pindamonhangaba (SP), mas foi criado e iniciou a carreira política em Sobral (CE).

O primeiro ambiente onde Serra falará hoje será onde nasceu o grupo político de Tasso no Ceará na década de 1980, o CIC (Centro Industrial do Ceará), que ainda mantém fortes vínculos políticos com partidos de oposição a Lula no país - como o PSDB e o PPS.

O segundo local é Canindé (a 110 km de Fortaleza), terra de forte devoção a São Francisco das Chagas, onde o PSDB realiza um encontro regional batizado de "Ceará em Debates", para estimular a militância e buscar retomar forças num Estado onde os partidos do arco de aliança do presidente Lula têm conquistado cada vez mais espaço.

Aécio Neves deseja nova convergência política

De acorod com o jornal O Povo, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), defendeu a necessidade de uma ``nova convergência política`` para que o País avance no futuro governo. Pré-candidato à Presidência em 2010, Aécio mantém a posição de anunciar sua candidatura ao Senado caso a definição sobre o presidenciável tucano não ocorra até janeiro próximo, mas tem procurado amenizar as cobranças por uma decisão do partido, evitando o tom de ultimato.

Anteontem, ao comentar novamente o gesto de apoio do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) - que recentemente reafirmou que poderia abdicar de sua candidatura presidencial caso Aécio consiga se viabilizar como candidato tucano -, o governador de Minas chegou a dizer que seu principal papel no atual processo, "mais até do que ser candidato``, é o de ajudar na construção dessa nova convergência.

"Eu continuarei dizendo que nós temos que de alguma forma aliar as nossas preocupações com o momento pré-eleitoral com aquelas que teremos durante e também após as eleições``, insistiu. ``O Brasil precisará, para que tenhamos um governo em condições de fazer reformas, em condições de tomar as medidas que precisam ser tomadas, precisará de uma nova convergência política".

Aécio disputa a indicação do PSDB com o governador José Serra, mas tem assegurado apoio ao paulista caso ele seja o escolhido. Serra quer empurrar para março do ano que vem a definição do candidato. O principal argumento do tucano mineiro é sua apregoada capacidade de aglutinar outras forças

Marina diz que não existe discussão sobre vaga de vice no PSOL

A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência da República pelo PV, disse nesta quinta-feira que a discussão sobre a vaga de vice não foi colocada na conversa preliminar que teve com a ex-senadora e presidente do PSOL, Heloísa Helena.

"O que nós estamos discutindo é um processo de aprofundamento da visão programática de cada partido e verificar se temos como superar as diferenças existentes entre nós para caminharmos juntos", afirmou.

Marina esteve hoje em São Paulo, onde ministrou palestras sobre questões climáticas, além de um jantar com socialite Ana Paula Junqueira, recém filiada ao PV. À tarde, na Expo Brasil Desenvolvimento Local, Marina afirmou que a crise ambiental é mais grave que a crise econômica. "É o que chamo de uma espécie de armagedon dos sistemas climáticos", disse.

A senadora e Heloísa Helena se encontraram na terça-feira (24) para discutir uma possível aliança em 2010. Na ocasião, PV e PSOL decidiram criar comissões para discutirem o assunto internamente.

A aproximação do PSOL com o PV só foi possível porque Heloísa Helena descartou a possibilidade de concorrer à Presidência para tentar voltar ao Senado. Porém, o possível apoio à Marina Silva não é unânime no PSOL. Parte do partido defende candidatura própria.

Questionada sobre o racha no PSOL, Marina admitiu que "as coisas" não são unânimes em nenhum partido, mas a maioria decidiu em fazer a comissão e aprofundar o diálogo.

"Obviamente foi uma primeira conversa entre eu e a senadora Heloísa Helena. Somos amigas, temos igualmente o mesmo objetivo de superar as dificuldades para caminharmos juntas. A partir da conversa, obviamente que estou bastante satisfeita. Há um desafio pela frente que eu sei que será desdobrado pelos nossos partidos", afirmou.

Retirado da FolhaOnline